O cara nasceu em 1989, morreu em 1986. Apesar de ser argentino, dizem...que tinha ascendência portuguesa. Viveu na Europa, mais especificamente em Genebra onde está sepultado. Era um apaixonado por livros e esteve envolvido com as vanguardas de seu tempo. De formação aristocrática , rato de biblioteca e tarado por enciclopédias, escreveu...escreveu...e especializou-se em contos.
Se você procurar em qualquer livraria virtual verá a quantidade de livros escritos por ele e sobre ele. Destaque para "Aleph". Além de contos também escrevia ensaios, poesias etc.
De tanto ouvir falar dele, "personagem borgiano" comprei e li numa sentada o livro "O informe de Brodie" . A princípio relutante já que o tema é de uma crueza total e muito distante da nossa realidade. Tratam-se de contos sobre personagens dos Pampas argentinos, de personagens esquecidos pelo tempo, de estórias de homens comuns, salvos do esquecimento pelo escritor que faz ressalvas em seus contos sobre o caráter ficcional de suas estórias que podem ter sido incrementadas ou não pelo narrador, considerando-se o grande lapso temporal entre os fatos e os relatos ou informes.
Os personagens possuem sensibilidade de pedra a ponto de matar uma mulher para não atrapalhar a amizade entre dois compadres. Duelos são comuns pelos motivos mais banais. Pistolas, facas... A vida nos Pampas só vale a pena enquanto vivida no limite da crueza e maldade. Morrer e viver é apenas um detalhe. A natureza exuberante observa impassível às tragédias.
Temos ainda um conto onde observamos a covardia de um personagem que passa a vida a esconder um crime.
O conto "O informe de Brodie" é uma brincadeira "a la" Pero Vaz de Caminha" sobre um relato de um mundo imaginário e deliciosamente ficticio.
Enfim, Borges é um especialista em contos e escreveu o livro supra já maduro, com todos os requintes de grande escritor que é, dominando a linguagem e a estória como poucos. Alta literatura.
Anotar no livrinho de cabeçeira. (alguém ainda tem isso?) : LER MAIS BORGES, LER MAIS BORGES...
Se você procurar em qualquer livraria virtual verá a quantidade de livros escritos por ele e sobre ele. Destaque para "Aleph". Além de contos também escrevia ensaios, poesias etc.
De tanto ouvir falar dele, "personagem borgiano" comprei e li numa sentada o livro "O informe de Brodie" . A princípio relutante já que o tema é de uma crueza total e muito distante da nossa realidade. Tratam-se de contos sobre personagens dos Pampas argentinos, de personagens esquecidos pelo tempo, de estórias de homens comuns, salvos do esquecimento pelo escritor que faz ressalvas em seus contos sobre o caráter ficcional de suas estórias que podem ter sido incrementadas ou não pelo narrador, considerando-se o grande lapso temporal entre os fatos e os relatos ou informes.
Os personagens possuem sensibilidade de pedra a ponto de matar uma mulher para não atrapalhar a amizade entre dois compadres. Duelos são comuns pelos motivos mais banais. Pistolas, facas... A vida nos Pampas só vale a pena enquanto vivida no limite da crueza e maldade. Morrer e viver é apenas um detalhe. A natureza exuberante observa impassível às tragédias.
Temos ainda um conto onde observamos a covardia de um personagem que passa a vida a esconder um crime.
O conto "O informe de Brodie" é uma brincadeira "a la" Pero Vaz de Caminha" sobre um relato de um mundo imaginário e deliciosamente ficticio.
Enfim, Borges é um especialista em contos e escreveu o livro supra já maduro, com todos os requintes de grande escritor que é, dominando a linguagem e a estória como poucos. Alta literatura.
Anotar no livrinho de cabeçeira. (alguém ainda tem isso?) : LER MAIS BORGES, LER MAIS BORGES...
2 comentários:
Meu caro amigo, pelo amor dos deuses, procure saber quem é Borges, saber suas metáforas obsedantes, seus temas. Só assim, volte a escrever alguma linha sobre o "maior" escritor da américa latina.
Faça-se um favor: apague este post.
Abraços.
Fábio Goulart.
Prezado Fábio realmente o meu texto está desprovido de profundidade - não sou um expert no assunto, porém também sou contra esse "endeusamento" do "maior" escritor da américa latina. Quando escrevi esse texto tentei passar apenas a impressão de um leitor normal ao se deparar com o primeiro livro de Borges(isso foi a mais ou menos quatro anos) hoje li outras obras dele, estive na Biblioteca em Buenos Aires e até nos bares/cafés/livrarias que ele frequentou; O cara é bom tal e coisa coisa e tal mas na minha análise subjetiva, sem nenhuma presunção e tendo em vista minhas predileções não é o tipo de literatura que me emociona hoje ou a quatro anos atrás. Quanto ao seu pedido para apagar o post não vejo nenhume necessidade já que ele passa exatamente a minha impressão pessoal, superficial, despretensiosa e inicial de uma das obras de um autor sem em nenhum momento deprecia-la.(muito pelo contrário) Por óbvio não quis falar num blog sobre as "metáforas obsedantes", árdua tarefa que deixo para os estudiosos do assunto. O que me causa estranhamento, com o devido respeito, é um estudande de literatura não estar aberto a opiniões diversas, a diversidade de leituras e não questionar os cânones intocáveis da literatura mundial. Um péssimo começo. "O papa é pop meu caro"(engenheiros do hawaii). Abraços Tinoco
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