segunda-feira, 27 de junho de 2011

O lobo bobo e a vovó bossa nova




Sei lá, autobiografia em vida me cheira merchandising puro. Ainda mais quando o cara tem apenas cinqüenta anos. Pois é – o cidadão pega um senhor jornalista chamado Cláudio Tognolli e faz mais uma das suas “reinvenções” para dar sentido a tantas coisas sem sentido. E pega no pé do coitado do João Gilberto, da Bossa Nova, Chico Buarque, Herbert Vianna dentre outros. Enaltece Sepúlveda Pertence (cruzes!!!!), seu advogado e a si próprio, achando que é bonito ser o responsável pelo suicídio da própria mãe e pai. O que na verdade é outra grande balela. Outro merchandising. Acha “cool” ainda ser preso, ser perseguido pela polícia, cheirar cocaína sem freios, bater moto em poste dentre outras maluquices. Rebeldia para o Lobão é entrar na gravadora e quebrar o escritório do executivo babaca. Tirar sarro de sargentinho e ser sarcástico com Juiz retrógrado no meio de audiência. Cacilda Becker! Acho que já vi esse filme várias vezes....Alguém precisa avisar o Lobão que os Sex Pistols e os Rolling Stones já fizeram melhor. Com esse calhamaço de papel chamado “50 anos a mil” o Lobão me passou a imagem de um playboy classe média alta mimado dando festinhas na chácara da vovó, dormindo na casa da titia e batendo em bêbado. E o que é pior. Errando o alvo. Está mal de mira! E o engraçado é que é tudo muito engraçado.(Desculpem o pleonasmo. Não resisti!) Cláudio Tognolli capta o “nonsense” do personagem. É a “mágica do absurdo”. Se Lobão não me trouxe nada de novo nesse livro uma coisa é inegável. Ele tem um carisma nato. Gostei mais da concorrida palestra na Feira do Livro de Ribeirão Preto onde demonstra toda a sua capacidade de comunicador. Um verdadeiro Lula do rock and roll. Como literatura “necas de pitibiriba”, “nadica de nada” . E como nessa vida “tudo vale a pena se a alma não é pequena”(F. P.) ao menos uma bandeira que ele levanta é muito... mas muito boa mesmo. A dessacralização da cultura como um todo. Mesmo errando o alvo é útil um artista que não se conforma com as coisas estabelecidas. E é isso aí “a unanimidade é burra”(N.R.) e nessa “lobãotomia” não vou puxar o saco de ninguém. Foi o que deu vontade de escrever nesse espasmo de metralhadora giratória.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Antônio Prata, Reinaldo Moraes e Tinoco no Pinguim




Pois é...aí estou eu confraternizando com dois grandes escritores na Feira do Livro de Ribeirão Preto 2011. Prazer incomensurável. Ainda mais no meu bar predileto.
Bem os caras dispensam apresentação. Ambos já foram devidadamente homenageados neste Blog. E como diria o Ibrahim Sued "ademã que eu vou em frente. De leve"