terça-feira, 21 de abril de 2009

o amor esqueçe de começar...e o livro de terminar



O Amor Esquece de Começar...e o livro de terminar. Então terminei com ele na página 100.
Sei que é politicamente incorreto dizer isso, inclusive sem conhecer o conjunto da obra e o conjunto de uma única obra(vide parágrafo anterior), o autor tá meio que na crista, o blog dele é legal, mas...vá lá: Fabrício Carpinejar é um porre!!! Mil desculpas as minhas amigas e amigos sensíveis de plantão.
Por muito tempo relutei em conhecer tal obra do tal autor, por tratar-se de livros de poesia, algo que encontra-se distante das minhas buscas atuais(principalmente determinado tipo de poesia e considerando às críticas que li). Mas na Feira do Livro me deparei com um livro de crônicas do cara e resolvi arriscar. "O Amor Esqueçe de Começar" – belo título – meio pomposo mas bonito.
Porém...e sempre tem um porém... não dá para encarar crônica do tipo: "O amor é imprevisível(...)O amor cria sua própria necessidade(...) O amor ilude(...) O amor é como um rio, não deixa de barulhar represado de pedras(...)
Caçamba! Não é mais prático e objetivo e menos cansativo dizer que- O amor: é imprevisível, cria sua própria necessidade, ilude e é como um rio.(???)
Porra tá "barulhando" demais no meu ouvido! Parece até aquela merda de álbum de figurinhas para menininhas debilóides : "Amar é..." "Amar é..."
E tem inúmeras crônicas desse tipo, quer ver? Tá com saco? Então vá lá: "A dor do outro não requer meteorologia(...) A dor do outro é caseira(...) A dor do outro é destelhada(...) A dor do outro é uma árvore ao avesso..."
Ai! Ai! Ai! Doeu não!!!????
Quer brincar mais um pouco – é só abrir aleatoriamente em qualquer página: IHHHH! Caí numa boa: "Gostaria de dormir(...) Gostaria de dar três voltas na chave(...) Gostaria de parecer inteligente(...) Gostaria de me assustar(...) Gostaria de recolher as migalhas(...) Gostaria de sussurrar comida(...) Gostaria de conduzir um táxi(...) Gostaria de espalhar vaga-lumes pela grama..."
Prezado Fabrício Carpinejar, por acaso você não gostaria de catar coquinhos na ladeira também???? Ou ver se eu estou na esquina??? Ah! Ah! Ah!
Hoje estou atacado. Baixou o santo do João Gordo misturado com o Macaco Simão.
Mas o que me irritou mesmo não foi isso. É que além de ser redundante criando imagens de gosto duvidoso o cara tem também a pretensão de ser a Lya Luft de calças. Explico :
"Ser pai não é instruir o filho a lavar o carro, a mijar de pé, a fazer churrasco, a falar palavrão, a desenhar a letra, a namorar a perder a virgindade, a sair de uma desilusão. Não, não é isso.
Ser pai é somente compreender." F.C.
Discordo em gênero e espécie. Com a devida "vênia" ser pai é compreender e instruir.
Mas se fosse só ainda vá lá – escreve uma crônica sobre "gíria masculina" e cria uma situação onde um homem encontra uma antiga colega e comenta com a esposa que: "a garota é de uma beleza exótica".
Que homem em sã consciência falaria isso para a esposa nesses termos???
Completa ainda(pasmem) dizendo que: "beleza exótica, na gíria masculina, talvez renda um caso. É o jeito de ele falar da sensualidade dela, de destacar a volúpia"
Gente...liberdade poética é uma coisa...desconhecimento do tema é outra!
Concluindo. Trata-se de um livrinho bom para você deixar naquela banqueta ao lado da privada no lavabo. As visitas vão achar a capa bonita, você um cara sensível e terão um belo incentivo para castigar a porcelana.

Meu Deus...como eu sou mal...

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