quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Merdolência e Absinto






Acordo tarde, olho pela janela, uma mulher nua à espreita, garrafas de absinto pelo quarto, dor de cabeça....engov...coquetel molotov...

Um livro de Jack Kerouac jogado na cama. Um gato perambulando pela poltrona rasgada. Mulher nua à espreita. Cortinas ao vento.

Cheiro de absinto.

Hoje não sairei do quarto, de Kerouac, do gato malhado, das garrafas jogadas, da mulher nua à espreita. O ambiente me convida ao puro deleite do ócio.

Viva Sêneca e Aristóteles.

Olho no espelho. Olhar de reprovação. VAGABUNDO. Merdolências de uma infância católica, do sentimento católico da culpa enrustida.

"O trabalho dignifica o homem"... "Deus ajuda quem cedo madruga"..."quem trabalha sempre alcança"

insolência...incoerência, merdolência.

Mas.... um dia chego lá! Como Rimbaud às avessas.

Desconstruo as convicções mais arraigadas. Aquelas das entranhas que foram embutidas com o passar dos anos.

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