No ano passado, passei o feriado de Finados no Grande Hotel Aguas de São Pedro. No primeiro dia encontrei na piscina do hotel um senhor recatado, com sua jovem esposa, brincando com suas filhas. Um bom pai - pensei - uma esposa jovem - também pensei.(o ser humano as vezes pensa mais do que o necessário!).
A noite o hotel oferecia em seu imponente teatro uma peça para os hóspedes: "O Analista de Bagé - e o filho Gay" Cláudio Cunha e Cia.
Por óbvio(e depois de toda esta introdução) lá estava o senhor recatado, rapaz família, bom pai...vestindo bonbacha, chimarrão em punho contando às piadas mais cabeludas do planeta e dando aqueles conselhos mais absurdos, para analista nenhum botar defeito(ou botar defeito. Depende do senso de humor!).
A peça é altamente, digamos...convencional. Foge quase completamente do texto de Luiz Fernando Veríssimo - só sobrou o joelhaço.
Cláudio Cunha e sua peça estão no livro dos recordes como o espetáculo de maior longevidade com o mesmo protagonista e ator.
Ante este fato ele nos passa a impressão de total domínio do tema e do personagem, brincadeira pura e simples com a arte teatral, entretenimento sem maiores pretensões ou consequências.
Como dito acima a despretensão é total, e a peça depende todo o tempo do carisma e competência de Cláudio Cunha, já que o restante do elenco é...como poderia dizer educadamente: sofrível!
No final da peça fui falar com o Ator, afinal já dizia o meu amigo Leandro Francói que sou um "tímido cara-de-pau". Comecei com uma gafe, já que sou fã de carteirinha do filme "Oh Rebuceteio!"(1984), um dos únicos pornôs brasileiros com inteligência e humor, bem acima da média e de autoria e direção de Cláudio Cunha(vide foto acima).
O ator agradeceu a lembrança meio sem graça e depois fiquei sabendo que ele de certa forma renega o filme que o estigmatizou como "diretor de filmes pornô".
Certa feita no programa Jô Soares foi recebido assim pelo Gordo: "-Vamos receber o ex-seminarista que tornou-se diretor de filme pornô".
Cláudio Cunha ficou puto, já que tem uma cinematografia de respeito e este Oh! Rebuceteio! foi o único pornográfico na acepção correta do termo com cenas de sexo explícito. Antes disso o diretor já tinha toda uma trajetória no cinema erótico com filmes como "Amada Amante" "O gosto do pecado" dentre outros.
Mas...pensando bem...fazer o quê né Claudião!? Afinal quem deita na cama cria fama mesmo e sem querer ser moralista...e já sendo(está é do Gordo!), não deveria renegar aquele que é um de seus melhores filmes que inclusive recebeu críticas de peso como a que transcrevo: "O grande cuidado artesanal torna o sexo agradável de ser assistido, mesmo pelo espectador que não esteja minimamente interessado em voyeurismo. E os diálogos são claros, engraçados e fazem pensar além da história narrada.(...) Repleto de meta-linguagem, espécie de “A Chorus Line” sem vergonha, “Oh! Rebuceteio” nos remete a todas aquelas histórias que ouvimos desde a infância sobre a liberdade sexual no meio artístico, notadamente no teatral. É este o mote para o semi-exploitation de Cunha: uma peça, um diretor com idéias de psicanálise reichiana e um elenco de jovens entre 20-25 anos ávidos pela fama". Andréa Ormond
No dia seguinte lá estava novamente "o devasso" , brincando calmamente com sua filha no "mini-clube" do Hotel, ensinando-á a desenhar; sua jovem esposa participou do futebolzinho à tarde entre os hóspedes. Jogou no Gol.
E findou-se o feriado de finados. Vivas aos mortos vivos!!!!!!!!!!!
A noite o hotel oferecia em seu imponente teatro uma peça para os hóspedes: "O Analista de Bagé - e o filho Gay" Cláudio Cunha e Cia.
Por óbvio(e depois de toda esta introdução) lá estava o senhor recatado, rapaz família, bom pai...vestindo bonbacha, chimarrão em punho contando às piadas mais cabeludas do planeta e dando aqueles conselhos mais absurdos, para analista nenhum botar defeito(ou botar defeito. Depende do senso de humor!).
A peça é altamente, digamos...convencional. Foge quase completamente do texto de Luiz Fernando Veríssimo - só sobrou o joelhaço.
Cláudio Cunha e sua peça estão no livro dos recordes como o espetáculo de maior longevidade com o mesmo protagonista e ator.
Ante este fato ele nos passa a impressão de total domínio do tema e do personagem, brincadeira pura e simples com a arte teatral, entretenimento sem maiores pretensões ou consequências.
Como dito acima a despretensão é total, e a peça depende todo o tempo do carisma e competência de Cláudio Cunha, já que o restante do elenco é...como poderia dizer educadamente: sofrível!
No final da peça fui falar com o Ator, afinal já dizia o meu amigo Leandro Francói que sou um "tímido cara-de-pau". Comecei com uma gafe, já que sou fã de carteirinha do filme "Oh Rebuceteio!"(1984), um dos únicos pornôs brasileiros com inteligência e humor, bem acima da média e de autoria e direção de Cláudio Cunha(vide foto acima).
O ator agradeceu a lembrança meio sem graça e depois fiquei sabendo que ele de certa forma renega o filme que o estigmatizou como "diretor de filmes pornô".
Certa feita no programa Jô Soares foi recebido assim pelo Gordo: "-Vamos receber o ex-seminarista que tornou-se diretor de filme pornô".
Cláudio Cunha ficou puto, já que tem uma cinematografia de respeito e este Oh! Rebuceteio! foi o único pornográfico na acepção correta do termo com cenas de sexo explícito. Antes disso o diretor já tinha toda uma trajetória no cinema erótico com filmes como "Amada Amante" "O gosto do pecado" dentre outros.
Mas...pensando bem...fazer o quê né Claudião!? Afinal quem deita na cama cria fama mesmo e sem querer ser moralista...e já sendo(está é do Gordo!), não deveria renegar aquele que é um de seus melhores filmes que inclusive recebeu críticas de peso como a que transcrevo: "O grande cuidado artesanal torna o sexo agradável de ser assistido, mesmo pelo espectador que não esteja minimamente interessado em voyeurismo. E os diálogos são claros, engraçados e fazem pensar além da história narrada.(...) Repleto de meta-linguagem, espécie de “A Chorus Line” sem vergonha, “Oh! Rebuceteio” nos remete a todas aquelas histórias que ouvimos desde a infância sobre a liberdade sexual no meio artístico, notadamente no teatral. É este o mote para o semi-exploitation de Cunha: uma peça, um diretor com idéias de psicanálise reichiana e um elenco de jovens entre 20-25 anos ávidos pela fama". Andréa Ormond
No dia seguinte lá estava novamente "o devasso" , brincando calmamente com sua filha no "mini-clube" do Hotel, ensinando-á a desenhar; sua jovem esposa participou do futebolzinho à tarde entre os hóspedes. Jogou no Gol.
E findou-se o feriado de finados. Vivas aos mortos vivos!!!!!!!!!!!
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