domingo, 18 de janeiro de 2009

O homem comum Philip Roth






Tolstoi Moderno? A morte de Ivan Ilítch dos tempos atuais? Reputo um tanto quanto exagedado. O livro é bom, tal e coisa e coisa e tal mas daí para um clássico....
Para o escritor americano, o homem comum é aquele que torna-se um publicitário de relativo sucesso, artista plástico nas horas vagas, passa por três casamentos, férias em praias paradisíacas, tem um irmão milionário, filhos distantes e ausentes, problemas constantes de saúde ,crises psicológicas oriundas da degeneração da velhice e uma aposentadoria digna num balneário da Flórida.
Este provavelmente é o homem comum americano!!!
Para mim o homem comum estudou pouco, teve que trabalhar para ajudar os pais, tornou-se um digno auxiliar de almoxarifado, assiste jogo do Corinthians nas horas vagas, atura a mesma megera até o fim da vida, tem um irmão pederasta e falido, filhos malcriados e sem educação, problemas com a bebida, hemorróidas e crises de depressão oriundas da merda em que vive ; no fim do mês tem que encarar a fila do INSS.
E ambos mortais caminham para o final do túnel da mesma forma, sem grandes feitos, sem grandes emoções, como Eu. Como você!
Frase do livro: “Mas não há como refazer a realidade. O jeito é enfrentar. Segurar as pontas e enfrentar. Não há outra saída”.
Um questionamento:“A gente nasce para viver, mas em vez disso morre?”
Enfim, um belo e singelo ensaio sobre a velhice, sua dor e a chegada do “nada” em nossas vidas!!!
Recomendo para menores de 40 anos.

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