sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Não sou jamesiano


pintura "Henry James" do pintor americano John Singer Sargent 1913


Pois é – programinha cultural em São Paulo, Masp/Modi, Teatro Municipal, Churrascaria Rodeo, Cytibank Hall e o escambau. São Paulo definitivamente é foda ! Variedade de possibilidades para todos os gostos e todas as tribos. Então volto para o marasmo de Ribeirão Preto e imediatamente cai a ficha. “-Tenho que ler alguma coisa de peso.” Ato contínuo pego um clássico com um nome no mínimo intrigante e forte. “A fera na selva” de Henry James. Considerado por muitos uma obra-prima tal e coisa, coisa e tal.... Em resumo é a estória de um cara que vive sob os auspícios de uma eminente tragédia que um dia ira se consumar(a fera a espreita) . Descobre então que a tragédia é o seu hedonismo, seu egocentrismo e sua cegueira para o amor e a paixão latente que por conta de sua personalidade centrada passou sem a devida percepção pela vida afora. Só descobre isso após a morte de sua adorada amada. Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!! Romance existencialista de “fin-de-siècle.” Ainda bem que o velho Buk não está aqui para ver eu lendo essa coisinha linda rsssssssssssssss! E me desculpe o resenhista e escritor Modesto Carone e todos os inúmeros jamesianos, mas compará-lo ao velho e bom Machado de Assis é forçar a amizade. E podem me xingar a vontade! Gosto estético não se discute. Tenho um grande amigo que casou com uma mulher no mínimo “esquisita” para a maioria dos mortais. E ele a adora, é feliz ao seu lado. Enfim cada um tem a fera que merece. E nessa selva tem espaço para jamesianos e para indivíduos como eu que preferem uma cerveja gelada no boteco sujo da esquina. Abraços a La Bianca que me mandou uma camiseta de brinde e é vizinha do Bortolotto!!!! Salve Marião!!!!

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