domingo, 30 de outubro de 2011

- Eu preferia não fazê-lo


Não é de hoje que sou fã de Herman Melville. A muito tempo atrás li o clássico Moby Dick sem conseguir desgrudar os olhos do livro. Uma aventura épica da obstinação humana até a sua anunciada destruição.(o homem e suas “pretensões”) Mas esse livrinhho “Bartleby, o escrivão” Herman Melville com apresentação de Jorge Luis Borges Editora José Olympio também não deixa nada a desejar. (guardadas as devidas proporções). É o relato da vida de um escrivão e sua rotina cheia de burocracia e tédio que o leva a uma revolta pacífica com a simples frase “-Eu preferia não fazê-lo”; atitude esta que desmonta por completo toda a ordem pré-estabelecida e a paz reinante, criando uma revolta e uma incompreensão no ambiente e na sociedade. Um singelo libelo contra o autoritarismo, o trabalho como forma de garantia do “pão nosso de cada dia”, preconceito contra as diferenças e porque não contra o sistema capitalista de uma forma ampla. É por isso que Jorge Luis Borges compara Melville a Edgard Alan Poe. Precisa dizer mais alguma coisa? E poderia ficar aqui horas enaltecendo e analisando o livro mas para não perder uma piada pronta: “-Eu preferia não fazê-lo”. E lá vai o mantra leiamleiamleiamleiammmmmmmmmm.

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