segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Mulheres de Bukowski


Será que existe assunto melhor? Que me desculpem os amantes do futebol e da cerveja, mas nada melhor do que falar, analisar e porque não deleitar-se com elas; é o mistério feminino que jamais será desvendado. O livro traduzido por Reinaldo Moraes é uma sucessão de erros e acertos de um escritor cinquentão no auge de sua maturidade entre junkies, putas, donas de casa, comerciantes, garçonetes, fãs de literatura, ricas, pobres, feias, bonitas, sujas, loucas.....até um final surpreendente onde Chinaski após toda a sua jornada assume a sua culpa, insignificância e sordidez perante um ser tão sagrado. Um verdadeiro Martinho da Vila ensandecido. Um Jece Valadão sem sua ridícula "conversão". E de todas aquelas e outras termina o livro com uma mulher improvável. O oposto. O “verso do reverso da medalha”. Para espanto do guru Drayer Baba (só lendo o livro para entender). No dizer de Sara, a mulher derradeira “-Trepar não é tão importante”. Pode isso???? Até o velho Buk (e o Mirisola também em seu “Joana a contragosto”...). Para espanto geral da nação Bukowskiana é dele(ou de Chinaski tanto faz) a seguinte frase: “um homem pode perder a sua identidade de tanto galinhar”. O que me leva a crer que esse negócio de machismo é só fachada, uma defesa natural do homem. Agora...essa literatura não é para qualquer um já que Bukowski como já salientado várias vezes escreve com sangue, fezes, porra e diversos excrementos sem poupar ele próprio, a sociedade, suas esquisitices e as pessoas que perambulam em sua circunferência. Tenta a todo custo demonstrar que a vida não é para amadores, para desavisados, para garotos(as) corados(as) com seus shortinhos em restaurantes da moda. Enfim, Bukowski é para quem gosta de ir direto ao clímax com poucas preliminares. Essa é minha introdução! (sem duplo sentido é claro).

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