sexta-feira, 26 de setembro de 2008

tributo a mirisola






Sentimento, sentido, exército, sentido, porrada no coração, sentido...meia volta volver. Volto ao início de tudo, nas profundezas do coração que insiste em me direcionar para a frente, para os lados, para todos os lugares, para lugar nenhum, como um titã enfurecido. Leio revistas, leio Nietsche, Márcia Denser e James Joyce. Vou no clube e vejo corpos queimando-se e cérebros desocupados. Caminho pelo shopping e vejo pessoas e mais pessoas, o mundo cheio de meias pessoas sem sentimento, sem sentido; porrada no coração...meia volta volver. Assisto um filme! Saio para trabalhar e vou para um motel lamber azulejos fétidos. Silicone nos seios pela rede pública nos cérebros desocupados. Vou no centro da cidade; o comércio de quinquilharias que todos querem mas não precisam. Em realidade em que sentido vou? Do centro ao shopping do motel ao inferno. Fico no quarto de leitura lendo Pelegrini, Bocage e Mirisola. Semana da pátria, semana dos párias, semana da merda enlatada para boi dormir. E não cheirei cocaína hoje, nem nunca! Abram os "gates" do Central Park dos cérebros desocupados. Desopilar a merda enlatada. O CRÂNIO É UMA LATA.

Repeat after me:

O CRÂNIO É UMA LATA
O CÉREBRO É UMA PASTA
MARRON ESVERDEADA
MERDA PISOTEADA

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