Foi a primeira vez que fui beijado por Antonioni. Era um adolescente interessado. Não tinha a percepção de sua obra que tenho hoje. Revendo o filme que tanto me impressionou, vejo que ele permanece vivo. E como....
A princípio por mostrar a Londres de nossos sonhos tropicalistas, suas ruas, suas cores sombrias, seus tijolos vermelhos, seus carros negros. Só por isso vale o filme.
Aliás a idéia de Antonioni é essa. São vários filmes dentro do mesmo. A música incidental de Herbie Hancock em contraste com os silêncios das árvores, com os silêncios do filme em si. É o cinema como tem que ser. A imagem diz mais que mil sons, mil trejeitos e mil efeitos especiais.
Mas a estória em si que não se revela também é reveladora(Heim???). Um assasinato. Será? Ou será apenas uma forma de mostrar a vida de um fotógrafo na Londres efervescente? Da Londres do Rock e da benzedrina, da maconha, do vinho tinto. Da London London das festas regadas a muita droga e The Yardbirds?
Ou será a paranóia de um fotógrafo e sua desorientação e de suas modelos desorientadas, de uma época com várias, tantas opções que não se consegue vislumbrar uma certa sequer?
Caminhamos pelo filme vendo pessoas apáticas assistindo um show e desesperadas em busca de um souvenir(pedaço de guitarra jogado na platéia). Mímicos jogando um tênis imaginário; um vendedor de antiguidades que maltrata seus compradores e não quer se desfazer de seus pertences; uma passeata em fila militar de pacifistas contra a guerra; modelos perdidas e vendidas em busca de auto-afirmação e/ou diversão pura e simples. A aquisição de uma élice de avião antiga pelo puro deleite e prazer estético.
Na realidade Michelangelo Antonioni é um voyeur e um crítico sutil de sua sociedade. Basta a lente na realidade, basta a lente....
Sem contar que o filme conta com a belíssima Vanessa Redgrave e é inspirado em uma obra de Julio Cortazar.
Aula de cinema. Obra de arte. Imperdível!(aliás como todo o conjunto de Michelangelo Antonioni) . E este filme é de 1966. Não se fazem mais filmes como antigamente!
Boa noite; Beijo na testa!!!!!Durma com esta!
A princípio por mostrar a Londres de nossos sonhos tropicalistas, suas ruas, suas cores sombrias, seus tijolos vermelhos, seus carros negros. Só por isso vale o filme.
Aliás a idéia de Antonioni é essa. São vários filmes dentro do mesmo. A música incidental de Herbie Hancock em contraste com os silêncios das árvores, com os silêncios do filme em si. É o cinema como tem que ser. A imagem diz mais que mil sons, mil trejeitos e mil efeitos especiais.
Mas a estória em si que não se revela também é reveladora(Heim???). Um assasinato. Será? Ou será apenas uma forma de mostrar a vida de um fotógrafo na Londres efervescente? Da Londres do Rock e da benzedrina, da maconha, do vinho tinto. Da London London das festas regadas a muita droga e The Yardbirds?
Ou será a paranóia de um fotógrafo e sua desorientação e de suas modelos desorientadas, de uma época com várias, tantas opções que não se consegue vislumbrar uma certa sequer?
Caminhamos pelo filme vendo pessoas apáticas assistindo um show e desesperadas em busca de um souvenir(pedaço de guitarra jogado na platéia). Mímicos jogando um tênis imaginário; um vendedor de antiguidades que maltrata seus compradores e não quer se desfazer de seus pertences; uma passeata em fila militar de pacifistas contra a guerra; modelos perdidas e vendidas em busca de auto-afirmação e/ou diversão pura e simples. A aquisição de uma élice de avião antiga pelo puro deleite e prazer estético.
Na realidade Michelangelo Antonioni é um voyeur e um crítico sutil de sua sociedade. Basta a lente na realidade, basta a lente....
Sem contar que o filme conta com a belíssima Vanessa Redgrave e é inspirado em uma obra de Julio Cortazar.
Aula de cinema. Obra de arte. Imperdível!(aliás como todo o conjunto de Michelangelo Antonioni) . E este filme é de 1966. Não se fazem mais filmes como antigamente!
Boa noite; Beijo na testa!!!!!Durma com esta!
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