Não pensem que morri, continuo aqui, incomodando muita gente que acha que a vida resume-se a um holerite no final do mês e um serviço “burrocrático” para passar o tempo e enaltecer a sua “superioridade” fabricada. A vida é mais do que um Corcel 73. E como diria Plínio Marcos indagado se tinha rancor e ódio daqueles que lhe perseguiram, censuraram etc. a resposta é negativa, “- Eu fiz por merecer!”. Dizia o bardo dos excluídos. “DJ- canções para tocar no inferno” de Mário Bortolotto. Livro fácil e agradável; algo assim como tocar e ouvir um blues. O assunto recorrente dos boêmios da noite urbana, da música e da bebida; acompanhado de muita violência e altas filosofias de boteco. Texto muitas vezes em 1ª. pessoa e que demonstra um pouco da vida do autor e seu modo peculiar de encarar as coisas. Estive vendo e ouvindo o Mário numa palestra aqui em Ribeirão. Totalmente recuperado dos tiros que levou em seu teatro numa tentativa frustrada de assalto. Bom vê-lo a todo vapor e agora dando tiros certeiros. Um pouco deprimido é certo mas acho que ele sempre foi assim mesmo. Descobri também um grande escritor Marçal Aquino no seu livro “O Invasor”. Já tinha visto o filme mas não posso deixar de cair naquele famoso lugar comum. “-o livro é muito melhor!”. É a estória de uma sociedade de engenheiros e toda a podridão humana por trás das aparências. A falta de moral e ética do mundo moderno. Com grande maestria Marçal por trás de uma estória aparentemente simples acaba por escrever um verdadeiro tratado da condição humana. E vale a pena ver sua entrevista no “Provocações”. Entre no You Tube. E é isso. Ontem foi meu aniversário e desta feita agradeço sinceramente todos os amigos que lembraram, passaram lá em casa, me ligaram etc. A cerveja como sempre acabou. O que vale nessa vida são as amizades sinceras! E um bom livro de cabeceira. Que cachorro nada! O melhor amigo do homem é o livro. E o título deste post é uma alusão a um dos contos do Marião estranhamente baseado na música de Ivan Lins. Quem diria heim? Marião/Ivan Lins. Dupla improvável. Agora estou lendo o novo do Lourenço Mutarelli “Nada me faltará”. Quando terminar escrevo qualquer coisa aqui.