segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O Sentido da vida com enfoque literário

Galáxia de Sombrero(captada pelo Hubble) à 28 milhões de anos luz da terra

Leon Tolstoi, sempre ele...como pode um cara barbudo e mal-cheiroso como ares gélidos da Sibéria escrever com tanta propriedade atingindo o cerne das coisas, inclusive dando um sentido maior à própria existência? Quase sempre na mosca. Explico: “quase” porque ninguém é perfeito; Aí vai a frase: “Imagine que o único propósito da vida seja só sua felicidade – então a existência seria uma coisa cruel e sem sentido. Porém, seu intelecto e seu coração lhe dizem que o significado da vida é servir à força que o enviou ao mundo. Então quando isso acontece a vida se torna uma alegria”. Uau! – um chute bem dado nos hedonistas puros. E veja que Tolstoi não descarta totalmente os prazeres da vida. É claro que o desfrute também é um propósito. Ou seja o sentido da vida é o equilíbrio. E não é só – o escritor fala do equilíbrio com amor, vivendo o presente, quando em outro conto escreve: “priorizar o que está acontecendo a cada instante, considerar como a mais importante do mundo a pessoa que está ao seu lado naquele momento e fazer tudo que estiver a seu alcance para torná-la feliz”. E a minha conclusão é essa. Por mais que tudo fique sem sentido temos que ao menos tentar por ordem nessa bagunça, nessa desconexão mental. Que tal ir na onda do velho Leon que no final da vida abriu mão do conforto burguês e lançou um olhar místico para sua própria existência? O sentido e a verdadeira felicidade, portanto, estão em: viver intensamente a vida sem abrir mão do prazer, explorar talentos pessoais com trabalho, simplicidade, amor, fé e longe do egoísmo. Já é um grande passo não? Um passo para a paz de espírito, paz entre os iguais e uma vida melhor e mais equilibrada no planeta...no universo. Definitivamente não custa tentar. (e no meu caso escrever aqui essas idéias).

Um comentário:

Eliane Ratier disse...

Tenho vivido intensamente minhas crenças.
Tenho prazer em partilhá-las e por vezes gero prazer em quem delas de apropria.
Talvez seja por aí.