Confesso que no início relutei.
Porém agora depois de um ano entrego sem pudores: participo de uma banda de música “Sábios Insanos”; nos reunimos todos os sábados numa chácara cercada de árvores, passarinhos e cerveja Cristal para tocar The Clash, Sex Pistols, Titãs, Paralamas, Ultraje, Beatles, Eric Clapton, Stones, Tim Maia, Made in Brazil(está é da Manú Zappa/vocalista), Mutantes, Mamonas, Roberto Carlos, Raul, Secos e Molhados, Wander Wildner, Falcão...Arrigo...Martinho... e uma infinidade de outros intérpretes e compositores, bem como algumas músicas próprias. Importante: Tudo sem um roteiro pré-determinado.
Ou seja voltei a ser adolescente de novo. Com 40 anos. A “sabedoria insana” me mostrou que as coisas básicas e simples é que devem valer a pena e ser prioridade nesse meu segundo e derradeiro round de vida.
E hoje para mim o básico é minha paixão “insana” pela música. Não a música clássica tocada em teatros imponentes que também gosto. Não importa se a música é boa ou não se sei tocar ou não. O importante é a reunião, cerveja, os amigos, o bate-papo. E também, claro... a música, o som em toda sua naturalidade e improviso....de preferência Rock and Roll básico. Cru. (até pode rolar um samba! Um “Seu Jorge”!)
Na banda heterogênea e vasto/eclético repertório estão alguns velhos amigos de infância(Os Deléos Fernando e “Jão”) , minha irmã Chris , meu sobrinho André Tinoco a super tatuada Manú Zappa (e quem vai chegando pode tocar!). Pessoas maravilhosas que se reúnem não para ganhar dinheiro, não com finalidades sociais espúrias tão em voga, mas apenas pela reunião nesses tempos em que músico fica o dia inteiro com a cara no monitor como diria o Mirisola: “manipulando seu próprio autismo”.
Meu amigo e mestre Hell “cara rapaz” já me disse isso. O músico hoje perdeu aquele tesão de tocar em grupo; De ficar uma tarde juntos numa garagem ou galpão tirando uma onda e uma música; De se reunir com outros músicos; De improvisar. Hoje tudo é tão eletrônico, tão frio...tão estúdio...., tão computador....tão partitura...tão certinho que o legal é o erro (ou o acerto involuntário). A esculhambação. E nisso a banda é muito boa. Na imperfeição.
Tem uma moça que dizendo-se empresária passou alguns sábados por lá tentando formatar a banda, criar uma “identidade comercial”. Coitada – quebrou a cara e sumiu!(apesar de ser uma ótima pessoa...bem intencionada....e ter deixado metade do nome da banda) Ninguém ali é muito chegado à ordem e progresso.- Aliás sempre achei que a ordem é contrária ao progresso mas isso é outra história -. A banda faz jus ao seu nome, ou seja, um retrocesso/volta às origens movido à insanidade sábia(???); faz jus àquilo que falei lá em cima quanto a “coisas básicas” e do eterno retorno. Nosso objetivo, ou pelo menos o meu é a falta de pretensões. Tocar por tocar...Pra ver onde vai dar. (... rimou/dá até música). É o famoso tesão do Roberto Freire.
Um dia também apareceu um músico “profissa” por lá dizendo que música é 97% transpiração e 3% inspiração. Com todo o respeito discordo. Queremos inverter ou subverter esse percentual. Inclusive o Sr. Pedrazzi está como sempre convidado a ajudar. E muito.
Portanto(e voltando ao manifesto) se alguém me perguntar porque um bando de velhacos(as) quase carecas, mezza calabreza, mezza mussarela se reúnem para tocar rock and roll todo sábado a tarde, tirar uma onda, uma música. Respondo: Não sei...não quero saber...E pergunto – Quem é que pode saber???? Porque por trás de uma ação tem que haver uma intenção?
Uma coisa é certa : os “Sábios Insanos” não vão tocar na Capital !!! A banda passará intencionalmente “a francesa” pelos anos vindouros tocando o seu réquiem antítese da atualidade. Com muito prazer! Obrigado!
Podem fechar as cortinas que o sooommm vai começar a rolar!!!!! E seja o que Deus quiser!
rsssssss
LUIZ TINOCO CABRAL
Porém agora depois de um ano entrego sem pudores: participo de uma banda de música “Sábios Insanos”; nos reunimos todos os sábados numa chácara cercada de árvores, passarinhos e cerveja Cristal para tocar The Clash, Sex Pistols, Titãs, Paralamas, Ultraje, Beatles, Eric Clapton, Stones, Tim Maia, Made in Brazil(está é da Manú Zappa/vocalista), Mutantes, Mamonas, Roberto Carlos, Raul, Secos e Molhados, Wander Wildner, Falcão...Arrigo...Martinho... e uma infinidade de outros intérpretes e compositores, bem como algumas músicas próprias. Importante: Tudo sem um roteiro pré-determinado.
Ou seja voltei a ser adolescente de novo. Com 40 anos. A “sabedoria insana” me mostrou que as coisas básicas e simples é que devem valer a pena e ser prioridade nesse meu segundo e derradeiro round de vida.
E hoje para mim o básico é minha paixão “insana” pela música. Não a música clássica tocada em teatros imponentes que também gosto. Não importa se a música é boa ou não se sei tocar ou não. O importante é a reunião, cerveja, os amigos, o bate-papo. E também, claro... a música, o som em toda sua naturalidade e improviso....de preferência Rock and Roll básico. Cru. (até pode rolar um samba! Um “Seu Jorge”!)
Na banda heterogênea e vasto/eclético repertório estão alguns velhos amigos de infância(Os Deléos Fernando e “Jão”) , minha irmã Chris , meu sobrinho André Tinoco a super tatuada Manú Zappa (e quem vai chegando pode tocar!). Pessoas maravilhosas que se reúnem não para ganhar dinheiro, não com finalidades sociais espúrias tão em voga, mas apenas pela reunião nesses tempos em que músico fica o dia inteiro com a cara no monitor como diria o Mirisola: “manipulando seu próprio autismo”.
Meu amigo e mestre Hell “cara rapaz” já me disse isso. O músico hoje perdeu aquele tesão de tocar em grupo; De ficar uma tarde juntos numa garagem ou galpão tirando uma onda e uma música; De se reunir com outros músicos; De improvisar. Hoje tudo é tão eletrônico, tão frio...tão estúdio...., tão computador....tão partitura...tão certinho que o legal é o erro (ou o acerto involuntário). A esculhambação. E nisso a banda é muito boa. Na imperfeição.
Tem uma moça que dizendo-se empresária passou alguns sábados por lá tentando formatar a banda, criar uma “identidade comercial”. Coitada – quebrou a cara e sumiu!(apesar de ser uma ótima pessoa...bem intencionada....e ter deixado metade do nome da banda) Ninguém ali é muito chegado à ordem e progresso.- Aliás sempre achei que a ordem é contrária ao progresso mas isso é outra história -. A banda faz jus ao seu nome, ou seja, um retrocesso/volta às origens movido à insanidade sábia(???); faz jus àquilo que falei lá em cima quanto a “coisas básicas” e do eterno retorno. Nosso objetivo, ou pelo menos o meu é a falta de pretensões. Tocar por tocar...Pra ver onde vai dar. (... rimou/dá até música). É o famoso tesão do Roberto Freire.
Um dia também apareceu um músico “profissa” por lá dizendo que música é 97% transpiração e 3% inspiração. Com todo o respeito discordo. Queremos inverter ou subverter esse percentual. Inclusive o Sr. Pedrazzi está como sempre convidado a ajudar. E muito.
Portanto(e voltando ao manifesto) se alguém me perguntar porque um bando de velhacos(as) quase carecas, mezza calabreza, mezza mussarela se reúnem para tocar rock and roll todo sábado a tarde, tirar uma onda, uma música. Respondo: Não sei...não quero saber...E pergunto – Quem é que pode saber???? Porque por trás de uma ação tem que haver uma intenção?
Uma coisa é certa : os “Sábios Insanos” não vão tocar na Capital !!! A banda passará intencionalmente “a francesa” pelos anos vindouros tocando o seu réquiem antítese da atualidade. Com muito prazer! Obrigado!
Podem fechar as cortinas que o sooommm vai começar a rolar!!!!! E seja o que Deus quiser!
rsssssss
LUIZ TINOCO CABRAL