segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Livros de auto-ajuda. Socorro Shakespeare!





Um livro de auto-ajuda pode servir para muitas coisas . Como um belo peso de papel ou enfeite na sala ou mesmo para acabar com o balançar incômodo daquela mesa capenga . Literalmente. Todos eles tem uma fórmula infalível. Qual seja: objetivo + trabalho + confiança = sucesso e felicidade. Fácil não??? Então larga a mão dessa ladainha toda!!! Deixe esses livros chatos e repetitivos para lá meu amigo(a) e venha para a literatura real, para a literatura que realmente vale a pena e que acrescenta alguma coisa de novo em sua vida. Aprenda muito mais com um único livro do Henry Miller do que com todos os livros do Paulo Coelho. O que dizer então dos anti-professores Kerouac, Bukowski, Hilst......Esses sim ensinam a ilusão da busca do sucesso a qualquer preço. Essa felicidade que está muito distante das carreiras e muitas vezes em "outras carreiras". O inverso do reverso da medalha da sociedade e da vida enfeitada nos comerciais de televisão. Mais vale entender e apreciar um único quadro de Gauguim do que todos os livros da Lia Luft. E não venha dizer que Gauguim não é literatura?!?!?. E a Folha de São Paulo em seu caderno “Ilustríssima” essa semana presta uma bela e tardia homenagem a um grande escritor Reinaldo Moraes. Se vc não leu Pornopopéia tem que ler! Tem que ler...Deixa esse Shinyashiki para lá meu caro, minha cara!!!!!! E isso vale para você também que está pensando em entrar nessa igreja nova que abriu aí no Bairro. Sai dessa ! Leia...leia....Fante, Llosa, Saramago, Goethe, os clássicos que seja. Dostoiewski esse então é imperdível!!! O que dizer de Kafka??? Garanto que com esse único conselho vc estará economizando tempo e dinheiro e se auto-ajudando muito mais. Diga não aos chatos de galocha que infestam e dominam as livrarias com sua 2ª. fórmula infalível e secreta para atingir o objetivo próprio, certo e calculado. Vou revelar em primeira mão esta segunda fórmula secreta e oculta - La vai "o segredo": Livro de auto-ajuda + capa bonita + título interessante = muito dinheiro no bolso do escritor e sensação de vazio no leitor. E deixa eu ir embora que não sou mago mas tenho que fazer mágica pra pagar os contas que não param de cair na minha caixa postal. Viver definitivamente não é fácil! Socorro!!! Shakespeare me ajude!!!!!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Starbuckiaram o etíope


Inspirado em Antônio Prata(meio intelectual – meio de esquerda) que escreve sobre as miudezas da vida, hoje vou escrever sobre uma coisa mínima intrigante. O raio do café acompanhado de um copinho de água com gás. É dessas coisas que não consigo compreender. Quem proliferou esse hábito? Parece uma gíria pegajosa!!! Um bonde do tigrão anual! A mais nova bola da vez. Depois de muito rebolation no google descobri que sou um perfeito idiota. A água é para tomar antes e não depois. O intuito é “refinar o paladar” e não tirar o bafão da cafeína. Se acompanhado de uma casquinha seca de limão(para os entendedores) melhor. Enfim como diria o Maguila - uma viadagem do caralho! – Oras, quem gosta mesmo de café toma ele sem acompanhamento algum, inclusive sem açúcar, sem adoçante. (Ainda chego lá mamãe!) Se feito no coador bem sujo fica até melhor - diria Paulo Tiefenthaler no seu impagável “Larica Total”. Aliás e aproveitando o ensejo e a revolta quase armada também sou contra caipirinha com adoçante, peito de silicone , camisinha colorida e limão com coca-cola light . E sou do tempo em que o café era cortesia e não vinha na notinha do restaurante. E sem aqueles inúmeros penduricalhos calóricos cheios de açúcar só pra justificar o preço amargo do café açucarado e “refinado”. Acho que tudo isso foi idéia de algum administrador de empresas ou economista desocupado. Pra agregar valor ao cafezinho. Globalizaram o coitado. Starbuckiaram o etíope. Pois está aqui toda a minha indignação e o meu “feedback” pra vocês!!!!